Regresso

Quando, como aconteceu quase-hoje, o mundo parece desabar e me vejo perdido e incapaz de quase nada ou nada-mesmo, regresso à poesia persuadido da salvação: eu que sou incréu intermitente, homem de pouquíssima fé, nenhuma nos milagres, alguma nos homens e mulheres que lutam e não desistem.Nestas alturas lembro-me sempre, talvez para levantar o ânimo, da célebre frase atribuída a um ex-presidente do Brasil: " Quando cheguei ao poder estavamos a beira do abismo! Comigo demos um passo em frente!" Declarou, do alto de sua prosápia, o homem que iria governar, nada menos que, o Brasil! Perder-me, como agora, também faz parte da deriva, do desassossego que o mundo me entrega de mão beijada, sem que o peça, sem que eu o queira! Dizia eu que regresso às palavras certas - é isso a poesia!- à magia de não sei o quê, a uma suposta entidade protectora, que sei eu? E, nem de propósito, hoje, quando tudo parecia perdido, encontrei, no livro de crónicas "O Eixo da Bússola" de Mário Cláudio, estes versos de Carlos Queirós : " Ver só com os olhos/ É fácil e vão.Por dentro das coisas/ É que as coisas são."





A casa onde às vezes regresso





A casa onde às vezes regresso é tão distante


da que deixei pela manhã


no mundo


a água tomou o lugar de tudo


reúno baldes, estes vasos guardados


mas chove sem parar há muitos anos





Durmo no mar, durmo ao lado de meu pai


uma viagem se deu


entre as mãos e o furor


uma viagem se deu: a noite abate-se fechada


sobre o corpo





Tivesse ainda tempo e entregava-te


o coração.

Mais Equipamentos Informáticos

Considerando o desenvolvimento de iniciativas como o Plano da Acção para a Matemática, o Plano Nacional de Leitura, o Programa de Apoio ao Ensino Experimental das Ciências, a Iniciativa Escola Professores e Computadores Portáteis, ou outras actividades e programas que contribuam para a promoção do sucesso escolar o Ministério da Educação decidiu complementar os investimentos já efectuados no âmbito das iniciativas referidas, com a aquisição de mais algum equipamento específico que possa permitir uma melhor prossecução dos objectivos dos projectos em curso nas escolas. Assim foi lançada a iniciativa Atribuição de Equipamentos Tecnológicos para o Enriquecimento do Ensino e da Aprendizagem, visando genericamente promover a melhoria das condições de trabalho nas escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e com ensino secundário e, especificamente, apoiar o enriquecimento das actividades em curso na escola respeitantes a uma ou mais das iniciativas do ME, no quadro do seu projecto educativo. A apresentação de candidaturas no âmbito da presente iniciativa decorre de 14 de Maio a 31 de Maio de 2007, devendo ser apresentadas por via electrónica, durante o referido período, através do preenchimento de um formulário disponibilizado em suporte informático.

Para mais informações consultem por favor:
http://www.dgidc.min-edu.pt/concursos/matematica/Edital_Equipamentos_Tecnologicos.pdf.

A este propósito já foi afixada na sala dos professores, uma lista de inscrição para os docentes que possam estar interessados na elaboração de um projecto que vá de encontro a esta iniciativa.

O poema

I
O poema (a) prende
a mão
a mão (sur) pre (e) nde o gesto
o gesto (escravo) escreve no poema
cresce, cresce e
desagua em silêncio
outro nome para
a música.

II
Surprender o gesto na mão
e deslumbrar-se
apenas
com as coisas
pequenas:
ervas do campo,
bichos-de-conta,
simples papoilas,
afinal, coisas de pouca monta.

Guimarães, 16/04/07

Link para Challenges 2007

Clique na imagem para ter acesso aos temas da conferência.

Ver

Uma pequena história. Conta-se que na liga americana de basebol se pavoneavam alguns jogadores, dando-se ares, fazendo-se melhores jogadores que aquilo que realmente eram, gozando com alguns colegas etc...
Certo dia, o justamente famoso Yogi Berra, jogador de basebol americano, o inenaarrável
autor da enigmática frase" o jogo só acaba quando a senhoraa gorda cantar" e também o inspirador da não menos célebre Zé Colmeia ( Yogi Bear, no original), dizia eu, certo dia Yogi , virando-se para a equipa disparou: "Meus caros, a olhar vê-se muito."
Fique cada qual no que lhe parecer.

Tempo?

É , quase sempre, mau sinal quando começamos a pensar no tempo, porque no meu tempo é que era! ( e agora, é o tempo de quem?); porque julgava que ia para reforma daqui a um anito e tramaram-me; porque torna e porque mexe.
Para além de ser mau sinal, é uma pura perda de tempo, ora vejamos:" Se me perguntarem o que é o tempo? Quem poderá explicá-lo clara e precisamente? Quando dele falamos compreendemos do que se trata; compreendemos também o que nos dizem quando a ele se reportam. O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém mo perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei." Terá escrito assim Santo Agostino (354-430).
Mas e se nos colocarmos na pele de um economista, ou gestor, ou coisa que o valha, depressa saberemos que" o tempo é, de todos os recursos, o mais escasso e, a não ser que seja gerido, nada mais pode ser gerido." Escreve Peter Ducker ( 1909-2005), já no nosso tempo.
Um cientista famoso, tão famoso como brincalhão, um dia, disse mesmo isto sobre o tempo: "é tudo o que acontece, quando não acontece nada."

Reflexões de um incréu!

Ultimamente tenho acordado sobressaltado. Tenho olhado - e "a olhar vê-se muita coisa!" como dizia um célebre jogador de basebol americano - e não tenho apreciado o que tenho visto. Tenho ouvido e não gosto do que ouço.Tenho lido jornais e desagradam-me a maior parte das notícias.
Sou português, podia ser, sei lá, mexicano, alemão, seria igual ... Agora chega a notícia da videovigilância nas escolas e a respectiva polémica se calhar para esquecer outras questões mais importantes, não sei! Eu, claro que estou preocupado! Mas é com este mundo ( e este país!) que todos, todos, temos vindo a criar, ou pelo menos a aceitar; não é verdade que temos andado todos caladinhos, sossegadinhos, lindinhos, abafadinhos, formatadinhos? O que verdadeiramente me assusta é outra coisa: em nome da segurança, oh valor supremo! - para quem é rico, claro! hipotecamos a liberdade que tanto custou e custa a ganhar. Julgamos que a liberdade é um dado adquirido e pronto, nem há que preocupar! Depois em nome dos terroristas ( declarados! os outros escondem-se sob a capa da democraciaa!) impingem-nos todo o tipo de mercadoria, como se vivessemos numa loja do chinês, tudo a baixo custo ( dizem eles), e nós quando damos conta já é tarde! Pois, meus amigos/as, quem sou eu?, mas sempre vos digo que em nome de "coisas" que aparentemente nos fazem felizes, perdemos os valores e o convívio com as pessoas, perdemos tudo o que é ser social, transformamo-nos no homo aeconomicus, desenfreados por tem um carro melhor (que o do vizinho!), uma casa enorme que dá mais trabalho a limpar, dois empregos que nos privam dos momentos fabulosos com os nossos filhos e amigos e família! "A ver", como dizia o outro, eu gostavaa de encontrar uma solução para o meu ( o nosso?) desespero! Mas não tenho achado! E é umaa pena!

O Medo ou o Grito?...

O Medo

Durante muitos anos estive convencido que o famoso quadro do homem tapando os ovidos, com aspecto de perdido, se chamava O Medo, até ao dia em dei conta que tinha sido roubado e afinal, se chamava O Grito. É claro que para mim será sempre a personificação do medo, foi assim que o vi, foi assim que o entendi, é assim que o vejo, mas já não sei se entendo.
Sempre ouvi dizer que "o medo guarda a vinha" e até era capaz de acrescentar que guarda a vida, sim, porque os heróis, ao contário do que muita boa gente pensa,são aqueles que fogem e têm medo, afinal os que pensam. Todo este arrazoado para pedir permissão de citar o filósofo português, homem esclarecido, com bom senso e bom gosto, mas sobretudo com o salutar hábito de pensar. Ora aí vai o que escreveu na sua crónica da revista Visão nº 739, intitulada precisamente "O Medo". Diz, entre muitas e boas reflexões, o seguinte:"O medo encolhe os cérebros, reduz o espírito, fecha os corpos.E o medo tem a particularidade de alastar. Ao medo social de perder o emprego, de não subir na carreira, de perder as pensões, de não aguentar tanta pressão e constrangimento em tantos domínios, junta-se agora o medo de protestar, de falar, de se exprimir. O medo social está a tornar-se político: tem-se medo do Governo e, talvez um dia, do primeiro-ministro."
Digam lá agora se estas palavras não assentam que nem uma luva na sociedade portuguesa e, boa parte delas, caem como ginjas em cima dos professores e da mal amada função pública.
Tenham um bom dia e esqueçam-se disto, afinal o Vitória subiu à primeira liga!

Finalmente!

Depois de muito penar, porfiar e insistir; depois de muito "chatear" o professor Montenegro - o qual, aliás, proponho para o Prémio Nobel da Paciência!- aqui estou, pronto para erguer a pena e contagiar, qual virulento virús desconhecido, todos os que estiverem dispostos a embarcar no tempo que é o nosso, na escola que desejamos, no mundo que decidimos transformar. Ao colega Montenegro, sem os seus ensinamentos nada teria feito, agradeço, reconhecido, a disponibilidade, a calma, e todos os predicados de quem pratica obras de misericórdia, como sejam : dar de beber a quem tem sede... de saber, ensinar quem gosta de aprender. Obridado.

Ensino Para a Qualidade?...

MEMORANDO

Quando utilizarem computadores os alunos deverão preencher uma folha de registo de actividades, que se encontra no armário de transporte dos computadores portáteis, com vista a efectuar um controlo das actividades desenvolvidas, fazer um tratamento estatístico da utilização dos computadores e identificar mais facilmente alunos que possam ter causado danos no equipamento informático. Essa folha de registo deverá no final de cada aula ser colocada no dossier do CRIE, no separador “registo de actividades”. Acrescento ainda que a nossa colega, Professora Carla Cardoso, Coordenadora TIC, forneceu aos funcionários do bloco onde situam os laboratórios de informática ( salas 13 e 14) uma folha de registo de anomalias que possam ser detectadas durante o período de utilização dos equipamentos, devendo a mesma ser preenchida sempre que se detectem anomalias no funcionamento dos mesmos, de forma a poderem ser reparadas no mais curto espaço de tempo possível.
Os computadores deverão ser usados sem baterias, para não as danificar. Só deverão ser usadas as baterias em situações excepcionais. Se por ventura o nível de carga estiver bastante baixo deverão comunicar o facto ao funcionário do piso, através de um impresso para o efeito que se encontra no carrinho que transporta os portáteis. Cada computador deverá ser partilhado por um grupo de dois alunos e estes deverão utilizar sempre o mesmo computador de acordo com a disposição que se encontra na ficha de registo de actividades. Para o efeito cada portátil tem um número que permitirá a cada grupo de alunos identificar o seu computador. Durante o trabalho, a primeira coisa a fazer será criar uma pasta nos “meus documentos” com o nome da disciplina dentro da conta da respectiva turma, podendo depois criar-se várias sub-pastas dentro da pasta principal, caso o trabalho a desenvolver o justifique. Estas pastas servirão para guardar o trabalho desenvolvido pelos alunos. Em situação alguma se deverá permitir aos alunos a guarda dos trabalhos de forma aleatória dentro da pasta os “meus documentos”. Assim como a utilização de contas de outras turmas que se encontrem envolvidas no projecto de forma e evitar danos ou eliminação de trabalhos efectuados . Compreenderão os colegas que devemos todos contribuir para a arrumação dos ficheiros, tal como contribuímos para a arrumação e asseio das salas de aula.No início da aula, o Professor deverá distribuir os computadores e os ratos aos alunos, alertando-os para os manusearem com o devido cuidado e responsabilizando-os pelos danos que o equipamento possa sofrer por uso inadequado. Cada rato tem um número que permite identificar o computador no qual deve ser usado. Dado que os ratos têm um fio extensível os professores deverão alertar os alunos para terem cuidado na sua utilização, tendo em vista não danificar o mecanismo que permite o enrolamento do fio.Na ligação dos portáteis à corrente eléctrica os alunos deverão ser alertados para o fazerem com cuidado para não haver perigo de choque eléctrico.Os cabos de alimentação contêm uma fita de velcro que não deverá ser desenrolada pretendendo-se desta forma, evitar o prolongamento de fios eléctricos na sala de aula.Cinco a dez minutos antes de tocar para a saída, o professor ordenará aos alunos a guarda dos trabalhos realizados e o arrumo atempado e calmo do material informático na forma encontrada antes da sua utilização. Esta regra é essencial para que se faça tudo com calma e com tempo contribuindo-se dessa forma para evitar a pressa “normal “ dos alunos para sair da sala de aula e por conseguinte evitar danos nos equipamentos. Este “pequeno” memorando é foi adaptado de um Post já publicado por mim no Blogue do CRIE em Novembro de 2007.
Uma vez que o uso dos equipamentos se tem intensificado durante o corrente período lectivo e se tem verificado alguns danos nos equipamentos, pareceu-me conveniente relembrar alguns procedimentos que são essenciais para a manutenção do material em bom estado, tendo em conta que temos um projecto a desenvolver durante três anos lectivos e nos encontramos ainda no primeiro ano .
Gostaria de relembrar que a nossa escola vai participar no congresso internacional de informática “Challenges 2007” através da publicação e exposição de um Poster relativo ao nosso projecto, decorrente da “Iniciativa Escolas, Professores e Computadores Portáteis”. A relevância deste congresso dedicado às novas tecnologias de informação e comunicação é bastante grande, dado que reúne a presença de especialistas internacionalmente reconhecidos na área da informática voltada para o ensino.
A equipa responsável pela elaboração do Poster está a pensar divulgar os conteúdos digitais produzidos pelos professores da nossa escola, assim como os trabalhos desenvolvidos com os alunos, publicando um documento anexo ao poster onde constaram os respectivos endereços (Links). Sendo assim, seria de todo conveniente que actualizassem ou colocassem novos conteúdos nas vossas publicações digitais (Blogs, Wikis, Páginas, Podcasts WebQuests etc.) Relembro aos meus caros colegas que existem alguns Blogs, Podcasts e outros instrumentos on-line que foram criados no início do ano que ainda carecem de conteúdos. Por esse motivo peço-vos para que os trabalhem e melhorem dado que eventualmente serão apresentados em congresso. Este decorrerá nos dias 17 e 18 de Maio na Universidade do Minho.
Como os meus caros colegas sabem, deverá ser feito no final do ano lectivo um relatório da implementação do projecto sobre as actividades desenvolvidas que será entregue no por mim ao Conselho Executivo. Eventualmente solicitarei a cada um dos colegas envolvidos no projecto um relatório das actividades que desenvolveu durante este ano, do qual farei uma síntese que entregarei no Conselho Executivo.
Peço-vos antecipadamente desculpa por algum incomodo que vos possa causar.
Um abraço a Todos e votos de um bom trabalho.

Eduardo

Colaboradora

Olá CRIE!
Aceitei o convite para colaborar neste blog.
Brevemente terão notícias minhas.

Carla Amaral

Nova Versão do Google Earth

Caros colegas!...

Já está disponível on-line a nova vesrão do Google Earth com imagens 3D em http://earth.google.com/earth4.html . Esta nova versão contem grandes de potencialidades educativas entre as quais se podem salientar:
-exploração de África, a partir de fotógrafos e repórteres da National Geographic;
- observar mapas antigos;

-observar e localizar monumentos famosos;
-identificar locais onde ocorrem sismos;
- visualizar filmes do Discovery;
- construir mapas, desenhar áreas, incluir vídeos, fotos, e sua colocação on-line.
-publicar os conteúdos produzidos no Google Earth em blogs.

Todas as disciplinas com especial incidência para as Ciências Naturais, História, Geografia e Inglês podem fazer um bom aproveitamento deste excelente recurso.
É necessário proceder a algum trabalho de exploração prévia. Trata-se pois de um mundo a explorar e que eu ainda não tive tempo para o fazer...

Um abraço

Eduardo

La vie d' un jeune collégien