> CRIATIVIDADE: fevereiro 2008

CRIATIVIDADE

terça-feira, fevereiro 26, 2008

O fio da meada

Coitado do fio
ficou sem tio
cheio de frio
perdeu o pio!

Está na meada
baralhada, baralhado,
perdido, o fio
vai fazendo o que pode
(ai quem me acode!)
Será que alguém pode?
- Posso eu, posso eu...
disse um bode

"-Sabe doutor, tenho um
complexo de ovelha ranhosa,
dise a cabra entrando-me
pelo escritório adentro..."
"- Bom, vamos lá ver
se arranjamos um bode expiatório,
pensei eu e comecei com a psicanálise ..."

(Com a devida vénia ao grande poeta Alberto Pimenta a quem, sem autorização, e de memória, subtraí as palavras entre aspas"")

Teatro

Adoro esquemas, gráficos, teoremas baratos,
gosto da cábula, da cópia, da pécia,
- e não julguem que é facécia!
amo os trabalhos sobre teorias, teocracia, melâncias,
gosto de quem fala, relata, atira, debita, lê ...
e não inventa nada, nada, nada, apenas reproduz
- aquilo que alguém produz!
Adoro perder tempo " em trabalho colaborativo"
a ouvir pedagogas gagas (gagás?), sonolentas
que nos deixam à beira de ...passemos adiante
que há rimas perigosas, violentas e, ao poeta (?)
compete ser competente
dizer as verdades como pouca gente
e sobretudo ser feliz, estar contente
mesmo a ouvir gente impertinente que da cátedra proclama:
" estou quase a terminar..." " como disse um americano famoso"
( e eu a remoaer:"ah! americano dum cano, seu grande ..."
e digo: "que se lixe
este teatro pomposo!

domingo, fevereiro 24, 2008

O Peixe e a Rede


Para ouvir basta clicar numa das imagens, seguir para o Egas Moniz Podcast e depois clicar na setinha preta, não esquecendo de préviamente ligar as colunas.

Propaganda e Peter Pan


A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates

No Parlamento, a 13, e na SIC, a 18, Sócrates falou duma Educação virtual, dum país que não existe senão no imaginário dele. Em qualquer dos locais, o homem cavalgou uma onda autista. Falou do que quis, mas não do que é. Como se estivesse num comício do PS, despejando propaganda sobre os fiéis. Parafraseando Churchill, o êxito dele não é mais que ir de fracasso em fracasso, mantendo o entusiasmo.

A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates. Com a arrogância que lhe conhecemos, tem falado dela com a mesma ligeireza com que projectou vivendas sobre estábulos ou prestou provas de licenciatura por fax.

Não é verdade que durante 30 anos não tenha havido avaliação de desempenho dos professores, como não se cansa de repetir, ou que os professores não queiram ser avaliados, como insinua. A questão reside na substituição de um modelo de avaliação ineficiente, o que existia, por outro, escabroso, o que propõe, que, se se consumar, trará mais caos ao caótico sistema de ensino. Nenhuma organização séria, seja pública ou privada, propõe mudar seja o que for, neste quadro, sem permitir (e mais que isso, fomentar e promover) o envolvimento dos visados na construção do processo. A avaliação do desempenho só vale a pena, se for concebida como instrumento de gestão do desempenho. Quer isto dizer que o seu fim primeiro é identificar obstáculos ao desenvolvimento das organizações, removendo-os, e não castigar pessoas. Dito doutro modo, as instituições maduras preocupam-se hoje mais com a apropriação por parte dos colaboradores dos valores que, intrinsecamente, geram o sucesso e melhoram o desempenho do que com os instrumentos que, extrinsecamente, o promovem.

Porque o primeiro-ministro não tem tempo para ler esses estudos, quando na SIC deu o exemplo dos Estados Unidos da América, ignorava, por certo, que a introdução, aí, do indicador "resultados obtidos pelos estudantes", logo fez aparecer professores a treinarem alunos nas técnicas de copiar nos exames. Ou ainda, quando invocou a França, se esqueceu que a avaliação do desempenho dos professores franceses (que mostrou desconhecer) não impediu o descalabro do respectivo sistema educativo. Lá, como cá (ainda não tivemos Lisboa a arder como eles já tiveram Paris), é a desregulamentação da sociedade e a desagregação da escola pública que tornou os menores franceses o grupo mais representativo nos delinquentes cadastrados (quase 20 por cento).

Sem discutir a bondade dos fins, o que afasta qualquer democrata honesto do primeiro-ministro é a teimosia em que este persiste: porque julga que o fim é bom, despreza os meios e os processos, como fazem os ditadores. Uma questão deste melindre e com as implicações sociais que lhes estão associadas, obrigaria sempre a ponderações criteriosas das soluções e à sua testagem antes da aplicação. Não entender isto, compactar tudo em prazos irreais, persistir na defesa das trapalhadas normativas do ministério, mesmo depois de, por quatro vezes, quatro tribunais administrativos distintos aceitarem providências cautelares sobre a matéria, é reagir como um menino grande, que manipula o brinquedo do poder sem qualquer sentido de Estado.

Quando Sócrates fala de números em Educação, já sabemos o que vai dizer, porque repete sempre o mesmo. Na SIC, Nicolau Santos, jornalista familiarizado com estatísticas, deveria tê-lo confrontado com as mais fresquinhas do INE: durante o Governo de Sócrates o desemprego aumentou 6,5 por cento e, dentro deste, o aumento do desemprego dos licenciados ultrapassou os 63 (sessenta e três) por cento. Este sim é o país real. O resto são fantasias de Peter Pan.

Público - 20.02.2008 • Santana Castilho, Professor do ensino superior

sábado, fevereiro 23, 2008

As Cotas

Estabeleceremos cotas em cada turma: Em 20 alunos, só daremos 10% de nota máxima, tal como a ministra faz connosco. Portanto, se houver mais do que 2 alunos que mereçam 5, paciência! Ficam com 5 os dois melhores. Mas se um deles faltou mais de 3 dias por doença, terá que ter paciência. Fica com 4 e sobe o seguinte a aluno-titular. Os outros cotam-se, proporcionalmente, por aí abaixo. 10% de nível 5 e 20% de nível 4. O resto vai corrido a 3. Se uma turma for muito boa e tiver 10 alunos que merecessem 4 e 5, outra vez paciência. «Nem todos podem chegar a generais», não é? Dois ficam com 5, quatro com 4 e os restantes terão 3. Mesmo que, também esses merecessem 5. Faltaram? Quem os mandou adoecer a eles ou aos pais? Quem mandou o carro avariar e chegar tarde uma vez? Quem mandou o irmão mais novo apanhar sarampo? É cotas, é cotas! Não são os Pais que aprenderam com a ministra que «nem todos podem chegar a general»? Pois então? Os seus filhos também não!

Socratear

Verbo totalmente irregular de estranha conjugação. 1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo. 2. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar. 3. Fingir, simular inocência angelical. 4. Usar a dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia. 5.
Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsa. 6. atingir sempre o amigo ou
inimigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu). 7. Encobrir,
disfarçar, negar sem olhar para as câmeras e nos olhos das pessoas. 8.
Fraudar, iludir 9. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar
que os fins justificam os meios. 10. viajar com dinheiro publico.

HÁ "ganda" Drago...(independentemente da cor que tenhamos...)

Perversão na avaliação de professores

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

O peixe e a rede

Caí na rede
como um peixe
já cansado.
Fui ouvir
- fiquei pasmado!-
Ai de mim desgraçado,
e Deus onde é?
Que ouvi eu,
triste mortal,
pequeno verme trivial:
o intangível ... o fugaz!
Ah! Meu rapaz,
já não tens idade para grandes teorias:
vais lendo, pouco, é verdade e nada de filosofias...
a não ser as pequenas alegrias ( e algumas alergias),
vais andando, ao sabor do vento,
- não és, porém, cata-vento!-
assim, por onde te levam...
Por isso caíste na rede
como um peixe velho,
anquilosado, triste,
já cansado.

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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

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domingo, fevereiro 17, 2008

O Compostor do 8º A

Compostor do 8º A
Vídeo enviado por Zedu

compostagem