> CRIATIVIDADE: Amantes!

CRIATIVIDADE

sábado, julho 14, 2007

Amantes!

Amante (1) adj. 2 gén. ( do lat. amante-) Que ama.

Amante (2) s. 2 gén. ( do latim amante-) Aquele ou aquela que ama.// Aquele que tem relações ilícitas, que vive em concubinato; amásio// amado, namorado.

Amante (3) s. m. ( do lat. amantu-) Corrente de ferro, na ostaga da gávea alta// cabo grosso , que serve para içar ou sustentar parte da embarcação.

Não sei a razão, ou pelo menos não consigo explicá-la de modo inteligível, porque, cada vez mais, a Língua Portuguesa me fascina! Talvez seja um amor serôdio, e todos sabemos ( nem que seja pelos romances!) como são arrebatadores! Posso dizer qua a língua é minha amante? Não sei! Mas que eu sou amante da língua, ninguém duvide, pese embora, algumas vezes, lhe seja infiel, como todo o bom amante, quando a não respeito, quando a desconheço, qual a utilizo mal e porcamente, eu sei lá! Desconhecia que ser amante é também um termo de navegação que serve para sustentar ou içar. É curioso como, também aqui, estou em sintonia com a língua, pois não é ela que me sustenta a relação social, não é ela que me sustenta a comunicação e aprendizagem ( a maior parte dela!), não é ela que me iça, me eleva outros mundos a, quando leio um romance, um poema, um ensaio, uma equação ? Eu desejava que fossemos todos amantes da língua, que fizéssemos um esforço por não lhe sermos infiéis, que corrigíssimos os erros diários ( e são tantos!) como (ele) "deia" em vez de (ele) dê, ou (eles ) "deiam" em vez de dêem! Mas, paciente leitores - não sabendo eu se os tenho ou não!- a minha intenção quando escrevi no título Amantes! era outra e mui diversa daquela para onde a língua me empurrou, ou alguém por ela, não sei. A minha ideia era refectir ( como gosto cada vez menos desta palavra!) sobre a matemática, os resultados da disciplina, sobretudo no 9º ano, depois do famoso Plano da Matemática, e talvez dizer uma série de asneiras, ou, quem sabe se de verdades simples, que me ajudassem a compreender "afinal o que se passa?"Desde logo: seremos nós Portugueses, que já demos mundos ao mundo, estúpidos? Mais estúpidos que o comum dos homens de outros países e latitudes? Mais perguiçosos que outros trabalhadores ( pense-se só no Luxemburgo que tem não sei quantos milhares de Portugueses e é o país que mais cresce economicamnete na Europa e é um dos mais ricos !)? Não será contraproducente "dar mais do mesmo aos alunos que o não querem"? Não será que é preciso , primeiro saber ler, e ler é compreender!, que primeiro é preciso saber contar, saber atabuada, enfim, saber as operações matemáticas basilares? Faz sentido ensinar a um aluno a famosa "sucesão de Fibronacci" ( curiosamente celebrizada pelo romance Dan Brown), e que, não menos curiosamente, se chamava Leonardo de Pisa, se ele nem sabe que é o matemático, onde e quando viveu, isto é não se preocupa em contextualizar lendo, percebendo, entendendo? Pois era aqui que eu queria chegar: enquanto a Língua e aMatemática não forem amantes ( verdadeiras! se é que isso existe!) acho que não vamos lá, andaremos sempre coxos de uma perna, ou até das duas, porque o relevo que se dá a uma delas é, às vezes, em prejuízo da outra e de outras!