> CRIATIVIDADE: outubro 2008

CRIATIVIDADE

quinta-feira, outubro 30, 2008

Desabafo!

Nunca me senti tão mau professor!Tão desrespeitado, tão maltratado, tão achincalhado, tão desprezado, tão usado, tão usurpado, tão ofendido, tão perdido, tão desinteressado, tão cansado - e o ano ainda mal começou!- tão vilipendiado, tão triste, taciturno e cabisbaixo, tão em baixo, tão ... farto de não ser aquilo que sempre fui : professor! E, meus amigos, não falo de ser professor desde hoje, ou ontem ou anteontem. Falo de ser professor vai para 25 anos! Um quarto - o mais da minha vida! E se fosse só eu! Mas não, à minha volta reina não sei que desencanto, que desalento,que vontade de explodir. E não digam que por isto ou por aquilo. Não! É por tudo, e tudo é muita coisa! mMs é sobretudo por frases como esta " perdi os professores, mas ganhei a sociedade"! quero esquecer quem disse isto, e não consigo, quero pensar que é imaginação minha mas vejo-o impresso, ouço-o nas notícias. Que páis se pode dar ao luxo de desprezar os seus professores? Esse país é, certamente, um país que corre para o abismo da ignorância!

quarta-feira, outubro 29, 2008

O fim dos chumbos...

O secretário de Estado da Educação concorda com a recomendação do Conselho Nacional da Educação no sentido de arranjar alternativas aos chumbos de alunos até aos 12 anos, mas recusou o fim das repetições de ano por decreto.
«Não está escrito nas estrelas que os miúdos têm de forçosamente não aprender e repetir. O que deve estar escrito é que devem aprender», explicou Valter Lemos.
À TSF, este governante frisou ainda que devem sim existir «mecanismos de alternativa e de apoio de recuperação para eventualmente para os que aprendem mais devagar e que têm mais dificuldades para permitir que consigam aprender».
Para este secretário de Estado, a premissa correcta é que os «alunos têm de atingir os objectivos», algo que o Governo acredita poder atingir com a sua estratégia para a Educação.
A sugestão do Conselho Nacional de Educação mereceu também o aval de Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP).
«Tem de acontecer em Portugal o que acontece nos outros países da Europa. Os alunos têm de saber que têm de atingir mínimos. Temos de ter bolsas de professores nas escolas, importantes para acompanhar os alunos com dificuldades», considerou.
Albino Almeida acrescentou que, «um aluno que tem resultados negativos deve ter mais aulas, mais trabalho na escola, esta deve organizar-se para lhe dar mais trabalho, no sentido do aluno trabalhar mais com um determinado professor ou uma dada actividade».
«Quanto mais depressa começarmos a trabalhar nessa lógica junto dos alunos de todas as classes sociais, mais depressa o país alcançará um patamar diferente de formação e qualificação dos seus recursos», concluiu.
Fonte TSF


O primeiro-ministro português, José Sócrates, vai oferecer computadores Magalhães aos Chefes de Estado e de Governo dos 22 países que participam, a partir desta quarta-feira, na XVIIII Cimeira Ibero-Americana, na capital de El Salvador.

O gesto de cortesia do Chefe do Governo português, cuja chegada a San Salvador está prevista para as 16 horas locais (22:00 em Lisboa), tem uma forte componente de marketing e será acompanhada na quinta-feira por duas iniciativas paralelas à Cimeira, com professores e alunos salvadorenhos, destinadas a mostrar as potencialidades do computador fabricado em Portugal.

A distribuição dos computadores Magalhães antecipa o anúncio de que o Governo português escolheu a Inovação e as Novas Tecnologias como temas da Cimeira Ibero-Americana de 2009, que será organizada por Portugal.

Depois da Venezuela ter assinado um contrato para a aquisição de um milhão de computadores, Portugal procura agora entrar nos mercados do Brasil, Chile e Argentina, países que já mostraram interesse no Magalhães.

A Cimeira surge também como uma boa oportunidade para novos negócios com as economias emergentes da América Latina.

A Inovação e as Novas Tecnologias serão, aliás, alguns dos temas abordados na intervenção formal prevista para hoje de José Sócrates, que na condição de anfitrião da próxima cimeira vai sentar-se na mesa de honra, discursando logo após o presidente de El Salvador, António Saca, e do Rei de Espanha, D. Juan Carlos.

* Lusa

quinta-feira, outubro 16, 2008

Será que se pode brincar com o Magalhães ?

terça-feira, outubro 14, 2008

Ainda!

O espanto é este: saber que sou o que não tenho, e, portanto, a ninguém (a) nada devo.
Podia falar de um mistério antigo: acender a última sílaba para a palavra inter dita!
Ou então, a todo o custo, tentar capturar o teu rosto
o teu riso
o teu rito
o recto ritual de te
ver rir, sorrir, talvez
partir, mas nunca, nunca desistir!

E, ainda assim, morrer de espanto.

domingo, outubro 05, 2008

Professores questionam-se

O que é o futuro? Revolução do software biológico do ensino - ou seja: renovação de professores. No seu dia mundial, os docentes enfrentam velhos dilemas e libertam novas palavras de ordem. Simbolicamente, o futuro pode ser hoje.
A perspectiva de dentro é bastante bruta: quando falam da sua profissão, os professores falam de problemas (Associação Nacional de Professores, 24/Set). Oito problemas: "Crescente complexidade e heterogeneidade dos públicos com que têm de lidar; diminuição da atractividade da profissão por força da desvalorização política e social de que têm sido alvo; desinvestimento na actualização da formação inicial; crescente carga administrativa e burocrática; violência com que se vêem confrontados nas escolas; drástica diminuição de perspectivas de progressão na carreira; responsabilização quase exclusiva pelo sucesso dos alunos".
Nas oito preocupações, o alvo comum é a redignificação do estatuto, e o consequente benefício do aluno, mas apenas uma inquietação o contempla realmente - aquela em que o professor enfrenta uma crescente complexidade de crianças e adolescentes que tem que ensinar, ao mesmo tempo que vê entrar pela sala adentro uma cada vez maior diversidade (geográfica, linguística, religiosa…) de alunos.
Como respondem globalmente a isto os professores? Com mais exclamações e uma lista de sete verbos fortes (Fed. Nacional Professores, 3/Out ) que "o Governo não pode". Não pode: "destruir (carreira docente), agravar (condições de trabalho), aumentar (horários), impor (avaliações absurdas), afastar (dos centros decisórios), elevar (precariedade, desemprego) e atacar (dignidade do professor)".
Simbolicamente encarada como a data que levanta a maior reflexão a que se pode entregar um professor - o que é ser professor?, o que é ensinar? -, os docentes enfrentam hoje uma inquietação maior, catapultados pela evolução de alunos que já começam a ler primeiro em ecrãs e só depois em papel: como vai ser o professor no futuro? Responde Feitor Pinto, presidente da Associação de Professores de Português (Lusa): "O futuro passa pela revolução do software biológico do ensino, ou seja, o professor".
Ideia central do relatório de 17 páginas do Parlamento Europeu, notório documento com pistas sobre a melhoria da qualidade da formação de professores, o texto oferece conteúdo às reclamações de forma dos docentes, fixando que "a qualidade do ensino é um factor-chave para determinar se a UE pode aumentar a criação de emprego, a sua competitividade e crescimento num mundo globalizado". A proposta é, claramente, a de professores de futuro; os docentes respondem com aquilo que promete tornar-se na sua nova ideia de ordem: "Os professores contam!".
A mensagem do dia da Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura avista o mesmo horizonte e pede mais: faltam 18 milhões de professores se quisermos atingir o objectivo da educação primária universal em 2015 - e, sim, os professores defrontam "formação inadequada, baixos salários e salas de aula superlotadas".
Do universo português de 140 mil docentes, globalmente, todos estão imersos num novo sistema de avaliação total, que consideram inadequado, ineficaz e injusto, mas que vai ter reflexo na sua progressão salarial - e em toda a 'entourage' social da perda presente de importância do papel do professor enquanto actor cívico. A quem pertence o futuro? À regeneração, à refundação da profissão - e essa começa sempre hoje.

O professor do futuro

Quem entrar numa sala de aula portuguesa , vai notar certamente os computadores portáteis ou quadros interactivos que o governo já prometeu massificar, mas as principais mudanças estarão ocultas: as novas competências do professor.
Que não se espere encontrar um verdadeiro «professor Pardal» soterrado em acessórios tecnológicos, porque a evolução será ao nível da formação, da preparação e das valências dos docentes, concordam professores, dirigentes associativos e pedagogos contactados pela agência Lusa, a propósito do Dia do Professor, que se assinala domingo.
«Vai ter que ser muito diferente do que somos hoje, tal como eu já fui diferente dos professores que tive», admitiu Arsélio Martins, com 35 anos de carreira no ensino de Matemática e que em 2007 recebeu o Prémio Nacional do Professor.
A «diferença» é uma das poucas certezas que tem em relação ao desempenho da profissão no futuro, já que as evoluções científicas e tecnológicas e as transformações sociais «são actualmente tão rápidas» que deixam uma grande margem de dúvida quanto ao que significará ser professor, num espaço de dez anos.
Cada vez mais, a escola vai deixar de ser o único centro de aprendizagem. Os alunos têm fácil acesso a múltiplos produtores de conteúdos educativos, como os meios de comunicação social e as tecnologias de informação, e, para o director do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, esses conhecimentos são tão importantes como os adquiridos na sala de aula.
«Caberá ao professor do futuro intermediar e gerir esses conhecimentos. Transformar a informação em conhecimento. Deixará de ser um mero transmissor para se tornar num transformador», sustenta José Pacheco, que utiliza as designações «facilitador de aprendizagens» ou «gestor de conhecimentos» para caracterizar o papel dos professores no futuro.
«O professor terá que dominar as tecnologias de informação, aceitar o diálogo como base de trabalho e ceder na individualização», resume o especialista, para quem, dentro em breve, o professor deixará de ser o único educador dentro da escola.

O Professor do futuro

Quem entrar numa sala de aula portuguesa em 2020, vai notar certamente os computadores portáteis ou quadros interactivos que o governo já prometeu massificar, mas as principais mudanças estarão ocultas: as novas competências do professor.
Que não se espere encontrar um verdadeiro «professor Pardal» soterrado em acessórios tecnológicos, porque a evolução será ao nível da formação, da preparação e das valências dos docentes, concordam professores, dirigentes associativos e pedagogos contactados pela agência Lusa, a propósito do Dia do Professor, que se assinala domingo.
«Vai ter que ser muito diferente do que somos hoje, tal como eu já fui diferente dos professores que tive», admitiu Arsélio Martins, com 35 anos de carreira no ensino de Matemática e que em 2007 recebeu o Prémio Nacional do Professor.
A «diferença» é uma das poucas certezas que tem em relação ao desempenho da profissão no futuro, já que as evoluções científicas e tecnológicas e as transformações sociais «são actualmente tão rápidas» que deixam uma grande margem de dúvida quanto ao que significará ser professor, num espaço de dez anos.
Cada vez mais, a escola vai deixar de ser o único centro de aprendizagem. Os alunos têm fácil acesso a múltiplos produtores de conteúdos educativos, como os meios de comunicação social e as tecnologias de informação, e, para o director do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho, esses conhecimentos são tão importantes como os adquiridos na sala de aula.
«Caberá ao professor do futuro intermediar e gerir esses conhecimentos. Transformar a informação em conhecimento. Deixará de ser um mero transmissor para se tornar num transformador», sustenta José Pacheco, que utiliza as designações «facilitador de aprendizagens» ou «gestor de conhecimentos» para caracterizar o papel dos professores no futuro.
«O professor terá que dominar as tecnologias de informação, aceitar o diálogo como base de trabalho e ceder na individualização», resume o especialista, para quem, dentro em breve, o professor deixará de ser o único educador dentro da escola.

sábado, outubro 04, 2008

Magalhães II


Foi anunciado como o primeiro computador português, mas não é bem assim. O Magalhães é originalmente o Classmate PC, produto concebido pela Intel no sector dos NetBooks, que surge em reacção ao OLPC XO-1, que foi idealizado por Nicholas Negroponte.
Será, no fundo, um computador montado em Portugal, mais propriamente pela empresa JP Sá Couto, em Matosinhos. Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto

Magalhães



Os noticiários abriram há dias, com pompa e circunstância, anunciando o lançamento do 'Primeiro computador portátil português', o 'Magalhães'.A RTP refere que é 'um projecto português produzido em Portugal'A SIC refere que 'um produto desenvolvido por empresas nacionais e pela Intel' e que a 'concepção é portuguesa e foi desenvolvida no âmbito do Plano Tecnologico.'Na realidade, só com muito boa vontade é que o que foi dito e escrito é verdadeiro. O projecto não teve origem em Portugal, já existe desde 2006 e é da responsabilidade da Intel. Chama-se Classmate PC e é um laptop de baixo custo destinado ao terceiro mundo e já é vendido há muito tempo através da Amazon.